Na barra da saia dela
Tinha uma flor amarela.
Foi ela mesma quem bordou
No dia em que o olhar dele
(Forte, franco, lindo e branco)
Como flor se desenhou.
E lá ia ela, formosa e bela,
Balançando as ancas
Respondendo só sorrisos
À cobiça dos olhares tantos
Pois ele já era o dono
Daquela flor amarela
Bordada na saia dela.
Até que um dia ele quis
Ser também dono da bela
E do olhar de desencanto
Brotou dor e brotou pranto
Desbordando a flor amarela
Da barra da saia dela.
A barra da saia dela
Já teve uma flor amarela...
(isabella benicio)