terça-feira, 31 de março de 2009

Tão tanto

Passeando, andando e canto!
Falando, dizendo, melhor... Filosofando
Criando? Se estamos, tomo... Líquido torpe

"Mais uma dose é claro que eu to afim"

Desencanto e encanto
Bebo e vislumbro
Esfumaçado
Ventos verticais
Pesada palavra
De fala tão mansa pra mim
De todos e tantos, que tanto!

Que fecha mais uma e abre!
Tzzzzz... Gelada
Quase mofo de fora
Dentro, loiraaaça!
Ansiado o perfume
Que costume...
Perfume há?

Ciente, presente!
Não consegue parar
E se manda e manda
E entra e anta!
Que tanta esperança num copo há?

Se em tanta loucura,
Gastura MOR dá!
E me banho, me deito
Me deixo queixar, me lembro, se sinto...
Se sinto , trepido no colchão, assim à morgar
Morgar , matar, encurralar
Encurralar-me. Qualquer hora, dia

Sentido de via oposto, jogar...
Jogar carro, jogar Maria, jogar agonia e assim me jogar.

Defeito da vida, fermento e tulipa, onde flores não há.
Passos tortos, emborco no chão, e trago-me a pensar,
Pensar sem reflexo, Reflexo hipotético,
Absorto em ar.

Como pegadas na Lua, sereia noturna
Me acompanha em qualquer lugar.
E me leva pra casa, me joga na chuva elétrica, só pra cara lavar.

Me carrega na jaula,
Esquizofrenia é a prova de que é necessário parar;
Embora sem ela a jaula trava a porta
E a vida nega a sobra de trovar,
Meu ar seca, tão quente caquético
E de velho me obriga a retomar,
Amanha de manha, faço café forte,
Beijo Maria e saiu a procurar...
Outro jeito sem defeito de arte achar
Bebida e esquizofrenia não aguento aturar.

Torturo meu juízo e encarrego meu ego se de encaixar,
Nesse mundo tão torto,
Tão miragem , tão lenda...
Não quero topo de piramede mais.
Quero todo, quero moço estar.

Desistindo de novo, de desmontar cabeça minha,
De cabeças quebrar (cortar)
Quero o todo e como louco,
Sóbrio agora estar.

Passeando, andando e canto!
Falando, besteiras, asneiras e como alienado ficar,
Se for possível o regresso e sem nada concreto utilizar

domingo, 22 de março de 2009

Eu pra Eu mesma!

Passando pela porta, vejo que ali poderia ter um poster, não de um ator norte americano, muito menos um latino inspirando paixão, mas sim de uma coisa qualquer que me traga paz. Pensei assim em Gandhi, mas não sei se olhar ele me traria paz, talvez simplesmente me fizesse pensar: "não quero ficar velha passando sabedoria", na realidade: nem sei como quero ficar velha! Nem sei mesmo se quero chegar lá. Nem sei se vou.
Tao pretensioso, o tempo, tão sem destino, tao sem caminho, mas amanha há de ser outro dia. Me disse o moreno charmoso de olhos verdes mais cedo quando liguei na (marketeira on) MPB FM (marketeira off). Já que amanha há de ser outro dia, então pintei minhas unhas. Arrumei uma ou duas gavetas, joguei papéis fora, organizei a matéria da prova de quarta, separei um aperitivo pra amanha. Tudo pra amanha... E pra hoje?
Hoje eu separei a preguiça , na verdade transformei-a em simbiose, não separei coisa nenhuma de mim, juntei a mim! Descansar de nada e sorrir pro teto. Praticamente entender a física do ventilador de teto rodando sem parar e sem parar sem para sem parar... Não fazer nada, pensar em tudo e no final não descansar a mente de bulufas. o que diriam os idealistas do Carpe Diem? Que eu joguei uma vida fora porque se eu morresse hoje não teria aproveitado a vida extasiantemente, mente! Eles não entendem como seria provável e é impossível se viver um dia olhando pro teto!
Sair de tanto bagunça, as vezes, cai bem! Eu bem que queria uma roda hoje, com uma cuíca tinindo como ontem, mas me fez bem ficar sozinha comigo mais uma vez, e mais uma vez eu percebo como é bom ter a mim... Tanta gente tenta tanta forma tensa de ter tentando ser, que ter a si fica tão impuro e impróprio, que é melhor ligar pra alguém da listinha pavorosa-viva do celular. Já dizia Gabriel, o tal Pensador: Ajoelhou vai ter que rezar... E já que eu to aqui que tem demais?
Já estive aqui com esse tema mais de uma vez, mas é um tema gostoso de falar, não consigo viver sozinha nunca, mas também não me privo de pensar eu e falar comigo, esquizofrenia? Quem sabe... Esquizofrenia, é arte!

sexta-feira, 20 de março de 2009

8/07/08

Dia 8... Foi ontem!
Não , eu não esqueci! Dia 7 ...
Passei o dia pensando no que te escrever.
Quando te conheci, rolou aquele climão de almas siamesas, na verdade foi um reconhecimento de um tipo de saudade que tinha gosto de fel. Eram as tardes de sexta que me deixavam feliz por ter certeze de que encontrei o carinho reciproco de que os livros diziam. Fomos unidos por toda a revolução que a nossa evolução adquiriu. Os gostos discutíveis e o amor que temos por certas bossas, mulheres "lispectas" e amores impossíveis nos uniu ainda mais. Ainda com mais saudade do que nunca , sempre lembro do que me dizes "tu és responsável pelo que cativas...", isso me lembra desisperadamente você...
Eu não pude te ver hoje, te abraçar e te desejar parabéns do jeitinho que você merece, mas passei a minha tarde de estudo pensando numa carta pra não te entregar, numa promessa pra quem sabe cumprir e em um presente pra pensar em comprar.
Parabéns Leozinho, meu Chico Buarque. Meu jornalista pós modernista. Meu amor dadaísta. Meu anjinho em construção. Sabe bem o que desejo a você, não preciso expor e repor tudo isso todas as vezes. Felicidades jovem rapaz, juizo moço... Saiba que estarei aqui nos seus velhos e futuros anos que chegarão, afinal ainda temos uma peça para comandar.

quinta-feira, 19 de março de 2009

depoimento de Leo

Regras são regras, eu não faço leis e nem as sigo, mas quando surge uma parede maior do que eu consigo pular e bular eu tento escalar, do jeito que a lei manda. Consigo força daqueles que eu amo e que me amam pra isso, eu tirei um pouquinho de você, peguei um pouquinho do seu coração, da sua vontade, do seu carinho e outros pedacinhos que nem foram percebidos...Sabe o que eu fiz? peguei esses mesmos pedacinhos meus, e dei em dobro...Você nem percebeu! Porém surgiu, assim repentinamente, o nosso amor.Eram poucos e eram infinitos os momentos que eu juntava todos os pedacinhos e podia sorrir com eles, e olhar a dilatação do "menininho" do seu olho ...ahhh! odeio pensar em acabar, desistir, terminar... eu estou na linha 8 ou 80, quem disse que eu ousei sussurrar o 0?Jamais, nada terminou e nada está sequer na metade, está tudo começando, e ninguém botou parede nenhuma entre nós, foi uma singela pedrinha que é um tanto quanto importuna que surgiu, talvez que aumente mais e mais os pedacinhos retirados de ti...