sábado, 31 de maio de 2008

Serelepiando

Tô sentindo falta do palco, dos olhares atentos que me consomem. Eles esperam de você! Mas você espera muito mais deles... Eu gosto de estar sendo observada quando eu não sou eu, quando eu sou personagens . Você ri. E a plateia estática, entediada, patética... Aquilo te engole e se você não segura a barra da saia, fica desnuda ali , agora! Eu sinto falta disso, de não ter reação e ter toda a ação do corpo, do improviso, dos músculos, da mente, do coração, da circulação, do ar, do pulmão, das extremidades palpitantes. Você cai, ninguém percebe e você não se entrega, afinal, só você percebeu, não o personagem; e agora você só é o personagem. O personagem assume qualquer coisa, qualquer troca, é modulado, e você não pode desfazer a forma, senão ele vira A catástrofe! Sirva-se do inesperado. Entre em um palco qualquer e conte sua piada majestosa. Espere um milésimo de segundo. Ninguém ri! Agora você pode estudar e dizer que é experiente no "inesperado". Seja perecível no humor, ele vai oscilar, mas você não pode mudar! Siga a linha do lógico e seja um palhaço. Só o comediante que errou entende o que é a vontade, desejo, delícia de estar no palco...





Se ela vai durar eu não sei , ela tem força , mas te falta vontade, a vontade era ele , pena que ele se foi. Se foi doido, atorduado com os dias mais felizes que já teve, ele não aguentava a felicidade, para um ser solitário felicidade dupla não valia a pena. Cadê a felicidade de ceder uns minutos para falar "te amo"? Ele achava que não precisava dela, ela só queria ele no coração , só isso ! Ele não queria nada. Dói mais nele, mas ela sonha mais. Quem sonha pode se iludir, mesmo ele sendo tão real , racional, pé no chão e etc. Ele se iludiu e perdeu a história de conto de fadas da sua vida, nem todos tem essa oportunidade de obter um caminho com uma história de livro dessas. Quem sonha é ela e quam quebra a cara é ele. Ele perdeu, ela sente muito, mesmo!







quinta-feira, 29 de maio de 2008

se não fosse verdade seria mentira


- Minha vez...
- Ficou curioso também , ou é só p dar o troco ?
- Ambos
- Eu ia passar horas falando sobre, mas eu te amo por que você se encaixa...

- Sabe peças de quebra-cabeça?
- Sim, continue...
- A número 1 se encaixa na 2 e assim em diante, a 3 pode até encaixar na 5 , mas fica folgado ou apertado demais, uma hora ela vai ter que sair desse lugar p ir ao lugar que ela tem que ficar. Mas é óbvio que ela tem livre arbítrio, se ela quiser ficar folgada ou apertada , ela pode, mas não vai se encaixar nunca, eu de uns dias p cá até esse segundo resolvi me encaixar. Eu não sei se você é o numero 1 pro número 2 , mas nesse exato momento tá sendo!

sexta-feira, 23 de maio de 2008

o vento são pessoas... Indo ou voltando.

"voando a bordo do vento
alçam vida provisória
papéis alados
notícias, ilusões e
garantias
cartas rasgadas e folhas
intenções e regalias

voam véus
cortinas

sonhos
e aves tontas na vidraça

no chão
revoltas e expostas
raízes de nosso alento"

- (achei por aí)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

O novo já nasce velho

Eu tenho um coração, embora muita gente descorde da teoria e eu também; não é pq eu não amo tdo O mundo que ele não existe, certas pessoas fazem ele parar por alguns segundos e baterem muito mais rápido depois.
Eu tenho uma boca, eu falo sem pensar, eu penso com a língua. As vezes eu falo bobagens líricas, as vezes eu falo verdades que ngm quer ouvir. Eu falo sozinha e a parede responde; eu falo muito palavrão e uso todas as palavras bem; eu quase nunca falo o que sinto e se falo, pultaaa caraleo... Saiu!
Eu tenho dois olhos com 0,5 na lente do óculos pra astigmatismo. Eles lêem tudo, adoram observar as coisas e quando se fecham mostram o brilho que só eu sinto. A minha pupila não mente e você sabe o que acotece quando o coração dispara...
Eu tenho um nariz e ele sente enquanto cheira, traz lembranças sempre, as vezes em qualquer lugar ele sente um aroma parecido com o que sentiu há algum tempo... E traz sentimentos de saudade ou ódio, ele é semelhante a lembranças.
Eu tenho duas pernas e dois braços. As pernas se movem do ritmo que eu quiser, é mais do que transparente que eu amo a música, a dança; elas se movem como se tivessem uma alma só pra elas que pulsa na mesma instabilidade da minha palpitação. Os meus braços amam gesticular, de mexer os dedinhos um por um e quem sabe se dedicar a castanhola; eles fazem desenhos no escuro pros olhares atentos de qualquer criança, pintam quadros dadaístas, bordam um cachecol pro filho que vai nascer, fazem comida , massagem e milhares de habilidades eles tem...
A parte mais importante de mim pra você, é que eu sou igual a você. Está aí a mais interessante de todas todas! Eu posso até não usar todo o meu corpo pra fazer o que você faz , mas eu o tenho para o mesmo fundamento. Mas eu disse, "pra você". A parte mais interessante pra mim, é quando você me faz enxergar outro ponto de vista (bom ou ruim) nas mesmas coisas que eu faço.
Eu não sou igual a você, ninguém é igual a ninguém e você se relaciona com todas as pessoas diferentes de você sem preconceito algum, mas quando no momento que uma cor de pele diferente da sua te põe obstáculos pra você descobrir que é diferentemente-igual a esse Ser, você treme... Cuidado. Nesse mundo não há espaço para julgamentos antecipados, "você precisa rever seus conceitos".

segunda-feira, 5 de maio de 2008

TRAÍDO E FALECIDO

Em passos largos, escadaria da frente, na rua dos Antônimos, típica cidade do interior nordestino, com típico enterro do interior. Descia ela. De preto, véu negro e olhar brando; que nem se observava com tanto pseudo-fúnebre sentimento. Volupiosa e luxuriosa marca ao pescoço e no pescoço... E tanto interprete quanto beata descia a ladeira e ali ela sabia quem descia, e no capim mal sabia quem era.
Boca envolta a um barril de cachaça, inteiramente seca, era ontem! Ontem dia de morte, de sangue; e seda e gozar... E tanto e quanto a dor da ira.
Viúva descendo as escadas, surgiu na capela, era luta liberta de emoções.
Mesmo assim ela subia as escadas, e o véu no rosto claro, bechechas vermelhas, boca carnuda,, face de mulher dura ou de dura mulher.
Tarde gris subia o céu, junto com o marido, coitado! Traído, sugado, saturado.
Sabe lá, quem há de saber? Se ela arrependida estava, saberá quem? Embora ninguém julgasse, ninguém contasse, boatos surgiam. Corria o assunto do capim da libido de amantes naquela noite. E no capim sofrido, foi sepultado o tal marido. E respeita-se, porque por lá ninguém pisava , criança não corria. A grama, o capim, se crescia, ela mesmo arrancava toda aquela apatia verde. E ái de quem de lá encostava, teria então o juízo do traído falecido?

domingo, 4 de maio de 2008

mais um texto merda no dia frio

Eu não tinha certeza das certezas que eu vivia espalhando por aí, e essa não é a primeira vez que eu penso assim. Adultos não tem amigos e se tem nossa! Como são felizes... Eu tenho certeza que tenho amigos que eu posso contar a qualquer momento, mas não tenho aquele grupo inseparável. Talvez por eu gostar de coisas extremas, de várias coisas, de opostos, eu tenha feito amizade com um só outro pedaço oposto meu da laranja de cada grupo.
Eu tive um mega grupo me acompanhavam sempre, até eu mudar de habitat, lá eu não tinha um grupo , lá eu tinha amigas. Não que isso seja ruim e não é, mas sabe aquele grupo unido que sempre sai pra qualquer lugar? Você quer ir ao tetaro o pessoal anima, você quer ir pra praia e o povo tá sempre ali unido.
Nas minhas amizades era como se cada um tivesse o seu grupo, não eramos tão inseparáveis assim e eu não tenho mais o meu grupo, eu tenho vários grupos... E isso não é bom. Gosto de ficar sozinha, me animo sozinha, mas como é bom rir com algum amigo do seu lado.
Quando a gente cresce , ainda mais uma pessoa que sempre foi tão precoce... Eu. As coisas ficam ainda mais duras, e eu não entendo porque esse mundo foi feito dessa meneira, mas tenho certeza que não descubro tão cedo. Não estou carente, nem me sentindo sozinha, eu estou naquele momento nostalgia pós 5 meses, sinto falta das manhãs dos dias úteis do mês. Falta do colégio... Do obrigatório contato matinal com o grupo de amigos, esse contato nos transformava em grupo.
Odeia ficar em meio termo. Eu gosto de extremos: ou grupão, ou sozinha; odeio saber que tenho amigos, mas que eles não vão te ver amanhã, nem semana que vem e talvez quem sabe , nem mês que vem.
Eu aprendi a gostar das diferenças, acho que é o que me une amando as pessoas. Quando são diferentes eu me interesso mais rapidamente.Tô sentindo que preciso mesmo é de mais uma mudança, as coisas normais não são pra mim, gosto das surpresas vulneráveis, gosto de não ter certeza. Vou procurar por novidade eternamente, sou movida pelo desejo. Desejo, interesse... Tudo isso envolve curiosidade, no fundo eu sou uma bela curiosa. Preciso de momentos diferentes , o mais do mesmo não faz mais sentido pra mim. Eu tô quieta demais , tô estranha.
No fundo eu acho que os perigos que eu corria não corro mais por cautela, sim! é estranho, mas as minhas novidades eram baseadas em correr perigos sutis ou de arrepios na pele. Aquilo era gostoso e me fazia viver bem, do jeito que só eu entendia. Não estou infeliz com isso que tenho agora, de modo algum, mas sinto falta da "doidinha" da Natasha, não da vodka, digo doidinha da música do Capital, sempre " as sete horas da manhã do dia errado". Eu tô responsável demais , mais do que eu deveria e isso ainda vai me enlouquecer. Daí quem sabe eu falo igual a Amy:
- "They tried to make me go to rehab, but I said 'no, no, no' "