domingo, 4 de maio de 2008

mais um texto merda no dia frio

Eu não tinha certeza das certezas que eu vivia espalhando por aí, e essa não é a primeira vez que eu penso assim. Adultos não tem amigos e se tem nossa! Como são felizes... Eu tenho certeza que tenho amigos que eu posso contar a qualquer momento, mas não tenho aquele grupo inseparável. Talvez por eu gostar de coisas extremas, de várias coisas, de opostos, eu tenha feito amizade com um só outro pedaço oposto meu da laranja de cada grupo.
Eu tive um mega grupo me acompanhavam sempre, até eu mudar de habitat, lá eu não tinha um grupo , lá eu tinha amigas. Não que isso seja ruim e não é, mas sabe aquele grupo unido que sempre sai pra qualquer lugar? Você quer ir ao tetaro o pessoal anima, você quer ir pra praia e o povo tá sempre ali unido.
Nas minhas amizades era como se cada um tivesse o seu grupo, não eramos tão inseparáveis assim e eu não tenho mais o meu grupo, eu tenho vários grupos... E isso não é bom. Gosto de ficar sozinha, me animo sozinha, mas como é bom rir com algum amigo do seu lado.
Quando a gente cresce , ainda mais uma pessoa que sempre foi tão precoce... Eu. As coisas ficam ainda mais duras, e eu não entendo porque esse mundo foi feito dessa meneira, mas tenho certeza que não descubro tão cedo. Não estou carente, nem me sentindo sozinha, eu estou naquele momento nostalgia pós 5 meses, sinto falta das manhãs dos dias úteis do mês. Falta do colégio... Do obrigatório contato matinal com o grupo de amigos, esse contato nos transformava em grupo.
Odeia ficar em meio termo. Eu gosto de extremos: ou grupão, ou sozinha; odeio saber que tenho amigos, mas que eles não vão te ver amanhã, nem semana que vem e talvez quem sabe , nem mês que vem.
Eu aprendi a gostar das diferenças, acho que é o que me une amando as pessoas. Quando são diferentes eu me interesso mais rapidamente.Tô sentindo que preciso mesmo é de mais uma mudança, as coisas normais não são pra mim, gosto das surpresas vulneráveis, gosto de não ter certeza. Vou procurar por novidade eternamente, sou movida pelo desejo. Desejo, interesse... Tudo isso envolve curiosidade, no fundo eu sou uma bela curiosa. Preciso de momentos diferentes , o mais do mesmo não faz mais sentido pra mim. Eu tô quieta demais , tô estranha.
No fundo eu acho que os perigos que eu corria não corro mais por cautela, sim! é estranho, mas as minhas novidades eram baseadas em correr perigos sutis ou de arrepios na pele. Aquilo era gostoso e me fazia viver bem, do jeito que só eu entendia. Não estou infeliz com isso que tenho agora, de modo algum, mas sinto falta da "doidinha" da Natasha, não da vodka, digo doidinha da música do Capital, sempre " as sete horas da manhã do dia errado". Eu tô responsável demais , mais do que eu deveria e isso ainda vai me enlouquecer. Daí quem sabe eu falo igual a Amy:
- "They tried to make me go to rehab, but I said 'no, no, no' "

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